quinta-feira, 29 de novembro de 2012

RESUMÃO DE HISTÓRIA ANTIGA

O QUE É PÓLIS?

Modelo de cidade da Grécia antiga, conjunto de cidadãos, forma de instituição "Estado" do período homérico. As principais póleis do mundo grego a esta época eram ATENAS e ESPARTA.


QUANDO AS PÓLEIS ENTRAM EM CRISE?

Este modelo de "Cidade-Estado" entra em crise à partir da Guerra do Peloponeso, quando as cidades de Atenas e Esparta entram em choque, motivados por problemas financeiros, conflitos sociais e a falta de espaço territorial face ao contingente populacional. A guerra destrói o modelo de autarquia vigente.


RELAÇÃO DE ESCRAVIDÃO


  • ATENAS - Eram benevolentes com seus escravos, concedendo uma série de privilégios. Existiam 3 categorias: Choris Oikuntes, com liberdade de ação, não sujeitos a vigilância constante e em condição de "quase liberdade".
          Os Escravos Públicos eram trabalhadores braçais ou funcionários da administração, e gozavam de    uma condição material melhor que os demais escravos particulares.
          O escravo liberto virava automaticamente um "meteco" (estrangeiro), porém sem quebrar os vínculos com seu antigo senhor. Na Atenas clássica, o escravo poderia se de ORIGEM DE NASCIMENTO, pela GUERRA ou CONDENAÇÃO EM JULGAMENTO (no caso dos metecos).
  • ESPARTA - Não tinha um modelo específico de escravidão. Os Hilotas (servos que habitavam em terras conquistadas) são frequentemente definidos como escravos. Eram todos da mesma origem (diferente do que acontecia em Atenas), permaneciam sempre juntos nos locais onde sempre viveram, praticavam a agricultura nas terras conquistadas e eram recrutados para o exercito. A homogeneidade dos hilotas e sua condição servil resultou em diversas revoltas, dando origem ao Estatuto do Hilota.


GRADUAÇÃO E MODELO DE LIBERDADE

  • ATENAS - Os cidadãos eram livres e donos de terras, enquanto que a metecos e escravos eram destinadas as atividades produtivas (mal vistas para um cidadão). Metecos e escravos eram desprovidos de direitos civis, porém se um meteco (estrangeiro livre) recebesse uma condenação, passaria para a condição de escravo.
  • ESPARTA - A sociedade era dividida entre os "homoioi" (pares, iguais), periecos (homens livres de outras terras) e hilotas (servos de terras conquistadas, frequentemente definidos como escravos). Segundo o Pollux, III, 83, era definida a sua situação como "entre a liberdade e a escravidão".


A MULHER NO OIKOS

De acordo com a literatura homérica, as mulheres (numerosas escravas), se ocupavam nestas unidades humanas, econômicas, de consumo e produção em lides domésticas, atendimento a seus senhores, fiação e tecelagem.
Em relação às senhoras da casa, supervisionam as atividades domésticas e se ocupavam de trabalhos com tecidos. Suas atividades talvez fossem mais intensasque as dos homens (senhores).



AS LACUNAS SÃO PREENCHIDAS PELA LITERATURA NO PERÍODO ARCAICO

O conhecimento de elementos do período arcaico muito se deve aos relatos literários dos poemas épicos de Homero, preenchendo lacunas importantes no conhecimento de aspectos socio-econômicos e políticos da época.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Fichamento - HISTÓRIA ANTIGA

DIVERSAS CATEGORIAS DE ESCRAVOS DO PERÍODO CLÁSSICO, SUAS DIFERENÇAS E CONTRADIÇÕES
 
FLORENZANO, Mª Beatriz F. O Mundo Antigo: Economia e Sociedade (Grécia e Roma),
Ed. Brasiliense, São Paulo: 1982.
 
Por Mônica Santos
(Graduanda em História pela UCAM - Universidade Candido Mendes
Campus Santa Cruz)
 
 
SOCIEDADE ATENIENSE
 
"A sociedade era formada por três categorias: os cidadãos atenienses, os metecos (estrangeiros) e os escravos." (p. 38)
"Se, de um lado, durante o período classico, a democracia ateniense foi cada vez mais abrangente no que diz respeito ao cidadão, de outro fechou-se mais e mais para metecos e escravos." (p. 41)
"As atividades lucrativas (...), recebiam o mesmo tipo de tratamento ou pior do que os trabalhos manuais. Escravos e Metecos dedicavam-se a elas livremente, mas um cidadão era mal visto se o fizesse." (p. 42)
"Qualquer deslize significava, para o meteco, a possibilidade de cair em escravidão." (p. 43)
 
 
ESCRAVIDÃO EM ATENAS
 
"Na Atenas classica, o escravo poderia ter várias origens: o nascimento, a guerra, a condenação em julgamento, no caso dos metecos." (p. 44)
"Com frequencia os escravos eram tratados com benevolência e gozavam de uma série de 'privilégios'." (p. 44)
"Muitos escravos (...) exerciam a profissão fora da casa do seu senhor, dando-lhe parte do produto do seu trabalho." (p. 44)
"Outros escravos (...) obtinham (...) a autorização de morar onde quisessem. (...) Para a condição de livres faltava-lhes pouco." (p. 45)
"Outro tipo de escravo considerado 'privilegiado' era o escravo público. (...) os escravos do Estado gozavam de uma condição material de vida melhor que daquela dos escravos particulares" (p. 45)
"O escravo liberto tornava-se automaticamente um meteco (rara vez um cidadão)" (p. 45)
"Entretanto, a liberdade de um ex-escravo (...) mantinha vivos os vínculos entre escravo liberto e seu senhor." (p. 45)
 
 
SOCIEDADE ESPARTANA
 
"Esta cidade é considerada pelos historiadores como 'menos desenvolvida'." (p. 49)
"(...) no contexto geral geral das póleis gregas, (...) Esparta era 'atrasada'." (p. 50)
"Três eram as categorias em que se dividia a sociedade espartana: os homoioi (pares, iguais); os periecos e os hilotas." (p. 50)
 
 
"ESCRAVIDÃO" ESPARTANA
 
"A escravidão (no sentido de escravo-mercadoria) e a democracia não vieram a luz ali." (pp. 49 e 50)
"A população submissa aos cidadãos espartanos estava dividida em periecos e hilotas" (p. 51)
"Os periecos formavam comunidades autônomas (...) Eram homens livres." (p. 51)
"Os Hilotas (...) são frequentemente definidos como escravos. (...) Habitavam as terras conquistadas pelos espartanos: eram todos da mesma origem e, (...) permaneciam juntos nos locais onde sempre moraram." (p. 52)
"A condição de hilota (...) possibilitou sua união em reinvindicações contra o estado espartano. Durante os períodos arcaico e classico, os espartanos tiveram que enfrentar muitas revoltas servis (...)." (p. 52)
"O estatuto dos hilotas foi definido já na antiguidade como um dos casos 'entre a liberdade e a escravidão' (Pollux, III, 83)." (p. 53)
 
 
DIFERENÇAS E CONTRADIÇÕES
 
"Não se observa na sua estrutura social [em Esparta] a nitidez existente em Atenas entre as diferentes camadas sociais." (p. 49)
"(...) eram muito diferentes [os hilotas] dos escravos de Atenas, por exemplo, que vinham de muitas regiões do mundo bárbaro e grego." (p. 52)
"Tais tipos de rebeliões [servis] jamais foram conhecidas em Atenas graças a heterogeneidade dos escravos, a falta de identidade entre eles e à diversidade de condição de vida de cada um (...)." (p. 53)
 
 
CONCLUSÃO
 
"Como nos tempos homéricos, o escravo é uma mercadoria comprada em um mercado e pertencente a um dono que dispõe dela como qualquer outro animal." (p. 44)
"A escravidão aumentou consideravelmente em toda a Grécia durante o período classico." (p. 46)
"(...) a noção de democracia caminha de mãos dadas com a de escravidão, e a noção de cidadão com a de escravo. O periodo classico é a época em que se cristalizam as diferenças entre as três categorias sociais que formavam a sociedade ateniense (...)." (p. 47)
"Em todos estes exemplos, os indivíduos permanecem presos a terra, não circulam como mercadorias e o seu trabalho reverte em benefício de alguns poucos." (p. 53)